Foto de Jorge Mejía Peralta |
O mundo da poesia não é exatamente território desconhecido pro nosso barco escritafinense. A gente curte muito uma rima, especialmente nos livros para os pequenos. Mas quando a faixa etária vai um pouco mais pra cima, só Castro Alves salva! Foi com ele que fizemos nosso début poético, com Vozes d'África. E é a ele que retornamos nessa nova empreitada, com O navio negreiro. Mas dessa vez resolvemos ir além. Junto com Alves veio Drummond.
Julho será nosso mês internacional de navegar por mares que nem são assim tão desconhecidos, mas pelos quais não costumamos viajar com frequência. Este é o mês de falar aos nossos amigos poetas, assim meio deixados de lado quando se trata do público adolescente. Nós sabemos que do outro lado da tela do computador, alguns de vocês (talvez vários!) escrevem belos versos e deixam na gaveta da cômoda. É preciso ter coragem pra ser poeta, pra mostrar a alma assim pra todo mundo. Na prosa a gente ainda consegue se esconder um pouquinho... E se esconder é bem normal nesses anos altamente conturbados. A gente entende ;-) Mas isso não significa que vamos deixar os possíveis grandes poetas do futuro serem consumidos pela timidez sem lutar pra que suas palavras c onheçam a diagra mação do InDesing e a impressão profissa.
Nessa batalha pela volta da poesia ao universo teen (e jovem adulto) a gente vai jogar com armas poderosíssimas. Começando com cartas inéditas de Drummond pra Domingo Gonzalez Cruz e vice-versa, em Conversas sobre poesia com Carlos Drummond de Andrade, vocês vão ver que no início é difícil mesmo... Mas dado o empurrãozinho inicial a coisa se desenrola fácil, fácil. Todo mundo - até Drummond! - já foi poeta iniciante um dia. E o Domingo, hein? Nem sempre ele foi autor premiado ou membro efetivo da Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro (Confederação das Academias de Letras do Brasil), como é hoje. Um dia ele foi apenas um menino cheio de ideias na cabeça e olha só aonde essas ideias o levaram! Já pensou se ele tivesse guardado suas poesias na gaveta?
Também contamos com as ilustras do André Côrtes pra melhorar O navio negreiro (sim, ele pode ficar ainda melhor!) e mostrar que a poesia também pode mudar o mundo, evidenciar injustiças e abrir os olhos de gerações. Vocês conhecem a nossa saga antirracismo e pró-cultura negra, né?
Essa nossa pequena revolução poética vai acontecer sob os holofotes da OFF Flip (outra novidade na vida da nossa editora), pra não corrermos o risco dela passar despercebida. Estão preparados?
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