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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O primeiro livro a gente nunca esquece...


Tá... provavelmente não foi o primeiro. Com certeza papai e mamãe leram pra mim, antes que eu aprendesse a ler. Aliás, era muito comum eu “secar” o meu pai aos domingos até que ele acabasse de ler o jornal, só pra eu poder rabiscar em cima da das fotos (ilustradora pride desde pequenininha hehe). Era muito comum também eu ir inventando notícias ao ver aquelas letrinhas e ir “lendo” em voz alta pra família. Eu era uma monstrinha gracinha literária desde menina.
Mas o tema da semana (que eu acabei de inventar agora pra poder obrigar Carol e Laura a postarem também, porque eu sou maligna há há há) é o meu primeiro sutiã livro. Vovô sempre me dava um cruzeiro quando ia à rua comprar cigarro (meninos, fumar faz mal à saúde, mas nos anos 80 ainda fazia parte...). Me sentia super-rica com aquele bando de notas de um cruzeiro roxinhas na minha carteira. "Pão-durice" veio de cedo e eu sempre juntava as notinhas buscando um “bem maior”. Vamos combinar, né? O que seria um “bem maior” pra uma criança de 5 anos que já se achava artistona? LÁPIS DE COR! Mas esse sonho morreu no dia em que eu resolvi pintar as paredes e não tive a mesma sorte de Camila Carrossine. A mãe dela achou lindo, o meu pai nunca mais me deixou sozinha com nada que fosse de colorir.
Até que veio a Bienal do Livro e lá fui eu toda pimpona com as minhas várias notas de um cruzeiro (agora tô na dúvida se ainda era cruzado ou se já tinha passado pro cruzeiro real). Papai e mamãe me deram vários livros, mas o “bem maior” escolhido foi uma versão ilustrada de Alice no país das maravilhas. Ele está inteirinho lá em casa até hoje. Li e reli esse livro milhares de vezes. Pra mim, fazia total sentido um chapeleiro que bebia chá compulsivamente, coelhos atrasados, lagartas falantes e desaniversários. Depois eu cresci, li o livro original e vi que a coisa não era assim tão  infantil. Depois eu fui pra faculdade, tive aula de Análise do Discurso e Wittgenstein detonou toda a minha inocência (assim nascem os traumas). Isso porque eu nem vou discorrer sobre a minha pesquisa de pós-graduação e toda a especulação com aquele cogumelo...
Enfim... assim nasceu a bela história de amor entre mim e livros. E a tradição da família de sempre irmos todos juntos a todas as Bienais do Livro do Rio de Janeiro. Pode estar todo mundo de mau humor, brigado, doente... mas Bienal sempre rola!
E você? Qual foi o primeiro livro da sua vida?

Xoxo
Luiza Costa

Um comentário:

Anônimo disse...

aaah, rolou invejinha nessa de ir sempre para as bienais! ainda não fui em nenhuma =x

acho que meu primeiro livro foi da branca de neve, daquela coleção da xuxa que vinha com uma fita cassete, depois tive vários livrinhos de contos de fadas *-*
sou apaixonada por livros infantis até hoje ;]

beijos
bibs (@zumbibs)
Nooblândia