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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Resumão FNLIJ


Foto de Hellenice Ferreira
Dizem que tudo o que é bom dura pouco. Deve ser por isso que, por mais agitada que tenha sido a nossa participação no Salão da FNLIJ, a semana passou voando. De repente, PUFT!, acabou-se =(

Nossa maratona de lançamentos começou dia 19, com Qualquer chãoleva ao céu, em que a Cristina falou muito bem, deixando todas as crianças superatentas ao dar "uma aula" sobre a tolerância e o respeito entre as pessoas e as diferentes culturas.
Antes, às 9 horas, foi a vez da Sandra lopes e Luciana Grether Carvalho lançarem o Cordel da Candelária no Salão. Foi lindo, porque a Luciana,que fez as ilustras com recorte, resolveu mostrar a técnica ao vivo. Fez vários desenhos com recortes. As crianças ficaram boquiabertas, emocionadas mesmo. Ela era espontanea e calorosamente aplaudida pelos estudantes ao fim de cada desenho. E eles, embevecidos, com sorriso nos rosto, pediam para ver com as mãos os recortes. Foi lindo!

Dia 21 foi a vez de Ana Lúcia Merege lançar Pão e arte num papo muito legal com a plateia.
A Ana começou perguntando para a galera sobre os gostos literários, seus escritores preferidos, até que, PÁ!, chegou à literatura fantástica, que é a praia dela. Depois falou do Pão e arte e prendeu a atenção da platéia. Foi muito legal!!!
Nesse mesmo dia, também rolou o lançamento de Tem um morcego nomeu pombal. Moisés Liporage e Julio Carvalho deram um show de simpatia, conversaram animadamente com a plateia, que estava cheia de crianças. Começou vazio, vazio e acabou bem cheio. O Julio reproduziu ali, na hora, um dos desenhos do livro. Arraso total!

O dia 24 foi de Fábio e Sabina Sombra com seus cordéis: Maracatu e Folia de reis. A Sabina fez questão de levar os originais de seus bordados e deixar todo mundo boquiaberto.

O dia 25 foi cheio! O lançamentos simultâneos do Antônio e Chuá! Chuá! Gota d`água, céu e mar, foram lindos! Mirna leu magnificamente o seu Chuá! Chuá! e Hugo, autor de Antônio, deu um show: com sua prática de professor prendeu totalmente a atenção das crianças e as fez participarem. Começou dizendo que tinha escrito o livro para tornar as crianças felizes, principalmente aquelas que carregavam uma dor e sofriam caladas. Ele falou da importância de falar do que incomoda, que não se deve guardar, e foi o tempo todo supersensível e cuidadoso. Fez as crianças gritarem um Ahhhh! bem alto pra descarregar qualquer dor que estivesse dentro delas e sinalizou a importância da literatura pra nos apoiar em vários momentos da vida, como ocorreu com o Antônio.
Ao final, quando as crianças puderam perguntar, na verdade, elas fizeram relatos em público de suas dores. Um dos meninos, de seis anos, disse: "meu pai saiu de casa, bateu a porta e me deixou lá sozinho". Foi superemocionante e a gente tá aqui com os olhos marejados só de lembrar da cena. O livro já começa a cumprir seu papel, conforme desejávamos...
O lançamento de Alecrim e de O menino que tinha medo de errar também teve momentos muito bacanas. A Camila Carrossine, ilustradora de O menino..., fez questão de prestigiá-lo e também aos dois outros livros ilustrados por ela, Antônio e Chuá! Chuá! Já a Aline Haluch, ilustradora de A lenda doAlecrim, curtiu horrores seu primeiro lançamento na FNLIJ. Estava bem cheio e Hellenice com sua simpatia e experiência em “controle de turma” deu um banho. Andrea Taubmann, de O menino..., como sempre, de sorrisão no rosto! Nossa, que cenas lindas!
Depois, o lançamento de Amor de Mãe d’água e do Namoro encantado contou com a presença da Secretária de Educação de Duque de Caxias, Rachel Barreto. Hellenice Ferreira contou as histórias enquanto a Luciana Grether Carvalho desenhava uma cena do Namoro. A Luíza, ilustradora do Amor...não pode ir, mas diz ela, que estava emanando vibrações boníssimas de terras gringas distantes ;-) Vocês sentiram?
O lançamento de A cobra e a corda , Botas e Bolas e Odono da Lua também foi muito emocionante, pois havia na plateia uma turma de alunos especiais, que participou bastante do bate-papo. Fernanda morais, nossa querida, desenhou ao vivo e ficou lindo! Martha Werneck não pôde comparecer (snif!) por uma causa justa: sua tese de doutorado, mas certeza absoluta de que ela também tava emanando as boas vibes de longe =)

Dia 27 foi a vez de Família alegria e O banho de Ninacom três craques no trato com os pequenos: Cristina Villaça, Ana Cristina Mello e Cris Alhadeff (um festival de Cristinas... será que o segredo está no nome?). E assim enecerrou-se a nossa maratona de lançamentos no Salão. Mas o ano ainda nem chegou à metade, então ainda tem muito mais coisas por vir.
Já estamos com saudade dos sorrisos e das lágrimas e, principalmente, de ver toda a turma do infantojuvenil reunida num só espaço (coisa rara de acontecer), mas c'est la vie... Ano que vem tem mais! Enquanto isso fiquem de olho no nosso blog pra saber em primeiríssima mão as novidades da nossa querida Escrita.
Até!


(pra ver mais fotos é só curtir a gente no Facebook: facebook.com/EscritaFinaEdicoes)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

"Qualquer chão leva ao céu" na visão de um cigano

Ilustração de Martha Werneck para o livro Qualquer chão leva ao céu
"Cristina
Esta fala é uma homenagem do povo kalom ao seu carinho e a sua dedicação à cultura cigana. Você que não se importou com preconceito e a discriminação dos não ciganos, sendo você mesma uma não cigana, tornou-se uma das mais respeitadas pesquisadoras do povo cigano, trazendo a público seus trabalhos através dos muitos livros já escritos e os muitos que irá publicar. Como dito por você certa vez:  ''Chegar às barracas dos ciganos ou às casas dos mesmos  também foi fruto de persistência e consequente aprendizado, pois que, num primeiro momento, os ciganos se espantaram com meu interesse por suas tradições e foi um árduo trabalho fazer entender-me e explicar minha real intenção com as pesquisas e a publicação dos livros''.
Posso imaginar como foi dura a sua trajetória até aqui, mas valeu a sua determinação. Até agora, tudo sério e acreditável com relação aos ciganos partiu de você, e não podemos esquecer disso. Você nos tirou do anonimato e nos colocou em evidência.
Portanto lhe digo: o que valeria a âncora guardada dentro do navio? Ela só pode ser útil quando lançada ao fundo do mar, atada a uma corda que, presa no navio o ancora e o estabiliza.
E agora eu lhe pergunto, como seria o mundo sem os ciganos? Sem seus acampamentos, suas danças, seus artesanatos, suas cartomantes, seus casamentos, suas festas, seus batizados? Não é de minha imaginação ver o mundo sem os ciganos. Nós somos o povo das tendas, vivendo à beira das sendas, negociantes ou quiromantes, andando nas ruas de cidades em cidades, todos os dias.
Nos reunimos à noite ao redor do fogo para espantar os fantasmas das trevas e conversarmos animadamente  bebendo em pequenas doses nosso café para esquecer nossos algozes.
Você entendeu que somos determinados a viver e defender nossos valores. Nascemos ciganos e, enquanto vivermos nesse planeta Terra,queremos ser ciganos!
Nossa gratidão a sua pessoa que é por nós considerada do povo esquecido, e por muito tempo marginalizado, uma amiga autêntica e grande divulgadora!
Marcos Rodrigues."
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"COMENTÁRIO SOBRE O LIVRO DA CRISTINA

Ao me deleitar com a leitura do livro Qualquer chão leva ao céu, a história do menino e do cigano, de autoria da Cristina da Costa Pereira, faço um breve comentário sobre a obra. Como eu já havia dito, a Cristina é uma grande pesquisadora da cultura cigana. Realmente suas  colocações com base em suas observações no dia a dia dos ciganos, vêm fielmente afirmar uma realidade talvez só vivida pela sociedade cigana.
Tanto a família como os filhos, as crianças, desempenham um papel preponderante na romanipen (vida cigana). Como um cigano kalomautêntico (nasci, cresci e vivi 40 anos como nômade e até hoje mais 20 anos como seminômade), posso afirmar de cadeira tudo isto. Como relatado em meu livro, cuja parte em que falo da família agora transcrevo: ''A vitça ou família nuclear, formada pela união de um homem com uma mulher, é quem desenvolve toda economia doméstica, o casal determina a lei da casa e administra todos os bens desta família e os filhos não opinam, mas acatam as decisões do casal sendo o pai o maior educador dos filhos. Portanto, para  a formação dos casais, damos uma  grande importância ao casamento e ao nascimento de nossos filhos. No casamento, celebramos a perpetuação da hegemonia cigana, já no nascimento de nossos filhos se perpetua a etnia cigana, completando o ciclo de vida do casal e transferindo este ciclo  ao recém-chegado membro desta família."
Por isso vemos a execração deste ciganoprotagonista da história narrada por Cristina, que,  por um descuido, envolve  a família num acidente de trânsito e fatalmente perde a sua parte mais preciosa. Depois, tenta se redimir com a sua família patriarcal, salvando um menor de rua. Porém não convence o seu ato de bravura , pois tenta fazer do menino um cigano.
Portanto colocando o pingo no i, o menino é entregue aos seus familiares para ser educado dentro de seus costumes  e o cigano relapso continuará vivendo isolado pela culpa, mesmo sendo recebido pelos seus.
 Marcos Rodrigues."

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sexta-feira 13 = 13 contos de terror

Foto de Cid Edson: http://www.flickr.com/people/cidedson/

É outono, as folhas caem (aqui no Brasil nem tanto), aquele friozinho no ar... Um chocolate quentinho saindo do fogão microondas. O vento sopra lá fora e bate aquela preguicinha de curtir uma noitada animada com os amigos. Ok, a preguiça é mera desculpa. A verdade mesmo é que hoje é sexta-feira 13 e você taí se remoendo de pavor de sair de casa. 
Não somos nós que vamos dizer pra o senhor ou a senhora tomarem vergonha na cara, deixarem de acreditar em superstições e irem bater cabelo na night. Até porque nós bem temos nossos pavores pessoais. Mas vejam bem: nada de maltratar gatinhos pretos no dia de hoje (ou em dia nenhum)! 
Pra quem prefere não arriscar a passar debaixo de uma escada sem querer em data tão fatídica, temos uma desculpa perfeita: curtir um terrorzinho, sim, porém dentro das seguras páginas de um livro. Tem data melhor que uma sexta-feira 13 pra ler grandes clássicos literários que já bateram as botas? E justamente os contos mais aterrorizantes dessa defuntada ilustre toda? É pra isso que o Lainister Esteves reuniu 13 (sempre ele!) histórias sinistras da literatura brasileira.
Vai um Contos Macabros aí, gente?

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Uhul é FNLIJ!




Vêm chegando por aí as duas semanas mais aguardadas da literatura infantil e juvenil. Sim, senhoras e senhores, é o Salão da FNLIJ! Como não podia deixar de ser, a Escrita vai com tudo nesse evento. São 18 dos nossos livros sendo lançados com bate-papo, autógrafo, leitura e tudo o que temos direito!

A décima-quarta edição do Salão FNLIJ do livro para crianças e jovens vai de 18 a 29 de abril e rola no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro. Mais informações sobre o evento você encontra aqui ó. E a nossa listona de lançamentos vai logo abaixo. 



Título
Autor
Público
Local
Dia
Hora
Qualquer chão leva ao céu
Cristina da Costa Pereira
Jovens
Biblioteca FNLIJ para Jovens
19/abr
11:00
Tem um morcego no meu pombal
Moisés Liporage e Julio Carvalho (il)
Crianças
Espaço FNLIJ de Leitura
21/abr
11:00
Pão e arte
Ana Lucia Merege
Jovens
Biblioteca FNLIJ para Jovens
21/abr
15:00
Folia de Reis - A festa em cordel
Fabio Sombra e Sabina Sombra
Crianças
Espaço FNLIJ de Leitura
24/abr
14:00
O dono da lua
Ronize Aline e Martha Werneck
Crianças
Espaço FNLIJ de Leitura
25/abr
14:00
Família alegria
Cristina Villaça
Crianças
Espaço FNLIJ de Leitura
27/abr
10:00
O banho de Nina
Ana Cristina Melo e Cris Alhadeff
Crianças
Espaço FNLIJ de Leitura
27/abr
10:00
Maracatu - A festa em cordel
Fabio Sombra e Sabina Sombra
Crianças
Espaço FNLIJ de Leitura
24/abr
14:00
Antônio
Hugo Monteiro Ferreira e Camila Carrossine
Crianças
Biblioteca FNLIJ para Crianças
25/abr
10:00
Chuá! Chuá! Gota d´àgua, céu e mar
Mirna Brasil e Camila Carrossine
Crianças
Biblioteca FNLIJ para Crianças
25/abr
10:00
A cobra e a corda
Lucia Bettencourt e Fernanda Morais
Crianças
Espaço FNLIJ de Leitura
25/abr
14:00
Botas e bolas
Lucia Bettencourt e Fernanda Morais
Crianças
Espaço FNLIJ de Leitura
25/abr
14:00
A lenda do alecrim
Hellenice Ferreira e Aline Haluch
Crianças
Biblioteca FNLIJ para Crianças
25/abr
15:00
O menino que tinha medo de errar
Andrea Viviana Taubman e Camila Carrossine
Crianças
Biblioteca FNLIJ para Crianças
25/abr
15:00
Amor de mãe d´àgua
Hellenice Ferreira e Luiza Costa (il.)
Jovens
Biblioteca FNLIJ para Jovens
25/abr
16:00
Namoro encantado
Hellenice Ferreira e Luciana Grether Carvalho (il.)
Jovens
Biblioteca FNLIJ para Jovens
25/abr
16:00
Cordel da Candelária
Sandra Lopes e Luciana Grether Carvalho (il.)
Crianças
Biblioteca FNLIJ para Crianças
19/abr
9:00


Nos vemos lá?