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segunda-feira, 28 de março de 2011

Fazer livro de criança não é brinquedo, não!

http://www.flickr.com/photos/39718079@N00/240527448/


Hoje faz 70 anos de morte de Virgínia Woolf. Metade dos nossos queridos adolescentes que nos leem  não faz ideia de quem ela seja. E não, eles não são menos inteligentes por isso. Talvez um dia sintam vontade de ler os livros dela. Uma literatura pesada, difícil e da concorrência que bota a gente pra pensar (e muito!). Talvez jamais queiram lê-la (alô pessoal da revisão, ta certo isso? Feião!) [Carol: perfeito, dear. Revisão não só aprova como ama suas letrinhas.] e, também, isso não faz ninguém menos inteligente. E aí vocês devem estar pensando: por que raios essa louca está falando de Virginia Woolf, então? Eu digo: amo muito Virgínia (fazendo a íntima), mas não acho nem menos nem mais digna que qualquer livro infantil  e juvenil da Escrita Fina (ou até mesmo da concorrência).
O Jorge Alberto, do nosso comercial, tem uma frase ótima, que a gente sempre usa aqui: “Fazer livros é um trabalho hercúleo.” Eu diria que fazer livro pra criança é mais tenso ainda. É uma responsabilidade do caramba tomar parte na formação de caráter de uma pessoinha. Quando a pessoinha é um adolescente, aí ferrou. É uma fase turbulenta onde a gente acha que ninguém entende a gente (olha eu achando que ainda sou adolescente cof! cof!). E tem muito adolescente que busca nos livros as respostas pras doidas mudanças dessa fase da vida. Não é a toa que a Anna Claudia Ramos faz um baita sucesso com o Pra onde vão os dias que passam?, né?
É muito comum a literatura infantojuvenil ser vista do alto de narizes empinados. Talvez porque os livros, em sua maioria, não usem linguagem rebuscada ou não  sejam enoooooooormes, mas já vi muito livro “de criança” botar muita literatura adulta no chinelo. Por exemplo, eu vejo O livro da avó como um dos livros mais comoventes que eu já tive em mãos.  Capaz de me fazer chorar e pensar na vida com tanta dedicação ou mais do que um livro da Virgínia (íntima de novo!).
Como editora assistente e leitora voraz eu digo que Virginia Woolf é suprema, mas não pensem que Helena Gomes não é. Aqui nos bastidores, o trabalho é tenso, independentemente da faixa etária do livro. E digo mais: quanto mais infantil (no sentido de faixa etária) for o livro, mas noites em claro passamos (oh! Drama!). É ou não é, ilustradores?
Xoxo
Luíza Costa
Fanzoca de Virgínia Woolf e de Luís Silva e de Helena Gomes e Hellenice Ferreira e Camila Carrossine e por aí vai =)

P.S.: E hoje também é dia do revisor. Esse ser humano LEEENDO (oi, Carol!), que corrige todos os meus problemas com o novo acordo ortográfico. Parabéns, queridos!!! Sem vocês, nossos livros teriam tremas e seriam mais legais (rá! Viva La revolución!!), mas estariam com vários erros feiosos de digitação e outras muitas coisinhas mais, então, é com pesar que eu abro mão do trema pra dizer que amo vocês. TODOS CHORA (a falta de plural é intencional, revisão!!) [Carol: revisão sabe e revisão agradece : ) Dedicamos esse P.S. a nossa chefe querida, parte fundamental desta revisão (e só de todo o resto só!!!)!]

2 comentários:

Anônimo disse...

Luiza, você é uma querida!!
Também sou sua fã, viu?!

Anônimo disse...

Ah, e também acho que é uma baita responsabilidade! Quanto menor a criança... QUanto mais crítico o adolescente (tem algum menos?!) e por aí vai.... Beijoca